A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) reage nesta terça-feira, após o pregão turbulento de ontem, quando as negociações foram interrompidas ao caíram 10%. A turbulência é reflexo da rejeição ao pacote de ajuda financeira nos Estados Unidos.

Às 14h27min, o índice Ibovespa — principal referência para o mercado brasileiro — mostrava alta de 5,09%, operando aos 48.375 pontos. O presidente norte-americano, George W. Bush, fez um novo pronunciamento nesta terça, dizendo que "estamos numa situação urgente e as conseqüências ficarão piores a cada dia". Na segunda, o presidente se disse desapontado com a atitude dos congressistas, que, por 228 votos a 205, disseram "não" ao plano de US$ 700 bilhões para sanear o setor financeiro do país.

A expectativa agora é de que os congressistas americanos possam aprovar um novo plano de ajuda, semelhante ao que foi rejeitado. Também há rumores de que os bancos centrais podem cortar juros como forma de estimular a liquidez.



Em Nova York, as bolsas também operam de olho numa possível solução para a crise. Depois de ter registrado a maior queda em pontuação da história, os indicadores de Wall Street registram valorização de mais de 2%.

Na Europa, a maioria das bolsas ensaia uma recuperação, após operarem no vermelho durante a maior parte do pregão. Por volta das 11h (de Brasília), em Londres, o FTSE-100 subia 0,38%. O suíço SMI também voltava a operar em território positivo, com alta de 1,15%. Ainda em baixas, mas contidas, as bolsas de Franfurt e de Paris caíam, respectivamente, 1,22% e 0,27%.

Na Ásia, as bolsas permaneceram em turbulência e encerraram em forte queda. O índice Nikkei 225 da bolsa de Tóquio registrou baixa de 4,12%, seu nível mais baixo em três anos. O índice MSCI de ações da Ásia-Pacífico, excluindo o mercado japonês, caiu 3,1%.

Na Coréia do Sul, o índice Kospi acompanhou a tendência negativa do mercado e terminou o pregão em baixa de 0,57%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou a sessão em alta de 0,76%. Em Sidney, na Austrália, o indicador S&P/ASX registrou retrocesso de 4,3%.

As informações são do site G1.