| 03/07/2008 14h33min
O governo americano afirmou nesta quinta-feira que sabia dos planos colombianos para libertar Ingrid Betancourt e outros 14 reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A informação foi confirmada pela porta-voz da Casa Branca Dana Perino e divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Contudo, o governo americano declarou que o governo colombiano não necessitava de um "sinal verde" de seu aliado americano para realizar a operação.
— Nós estávamos informados desde as fases de planificação, mas foi uma operação concebida pelos colombianos e executada por eles com nosso completo apoio — declarou a Casa Branca.
A porta-voz afirmou ainda que desde que os três americanos foram seqüestrados pelo grupo, há cinco anos, Washington coordena ações com Bogotá "para libertá-los, porém a ação deveria ser feita de modo que a segurança das pessoas fosse garantida e dispondo de uma inteligência operacional para resgatá-los a salvo". Os EUA afirmaram ainda que a ação foi
planejada por um longo
tempo.
O subsecretário de Estado americano para a América Latina, Thomas Shannon, confirmou que seu país continuará apoiando o governo de Uribe, porque ainda "há muito trabalho a fazer não só em termos das Farc, mas em construir uma economia que realmente possa dar prosperidade a todos os colombianos".
Shannon disse que é um dever de todos os Estados da região apoiar a política de segurança do presidente Álvaro Uribe e exigiu que a guerrilha liberte os outros reféns. O subsecretário afirmou que "a política de segurança está funcionando" e que "é um dever de todos os Estados na região apoiar a segurança de um Estado democrático como a Colômbia".
— É nossa esperança que, com este golpe, os países reconheçam que o governo do presidente Uribe deve ser apoiado nesta luta contra as Farc — disse.
Shannon também exigiu que as Farc libertem todos os seqüestrados que ainda têm em seu poder, se comprometer à reintegração à sociedade e
"buscar uma via pacífica de terminar este tipo de
luta".
O subsecretário elogiou o trabalho das Forças Militares colombianas por seu "valor e coragem". A maneira em que militares foram infiltrados entre os rebeldes indica que estão "confiantes, e a capacidade de entrar e manipular as Farc nesta operação é de um impacto enorme para a Colômbia", disse.
Rodrigo Lopes sobre a libertação de Ingrid Betancourt
Ingrid reencontrou seus filhos, Mélanie, 22 anos, e Lorenzo Delloye, 19 anos, na quinta-feira (03/07). O avião que conduziu os filhos dela da França até a Colômbia aterrissou pouco depois da 8h15 (10h15min de Brasília) no Aeroporto Militar de Bogotá
Foto:
zerohora.com
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