| 27/06/2008 16h50min
O dólar passou a maior parte da sexta-feira em alta no mercado cambial brasileiro, mas inverteu o sinal à tarde e fechou em queda, acompanhando as mudanças nos mercados internacionais de moedas e respondendo a alguns fatores técnicos locais. O dólar comercial cedeu 0,44% e terminou o dia cotado a R$ 1,596. Na semana, a moeda americana acumulou baixa de 0,62%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista encerrou valendo R$ 1,5955, em queda de 0,41%.
Nos mercados internacionais de moedas, o euro atingiu hoje a máxima em relação ao dólar em três semanas, quando foi negociado a US$ 1,5787 (+0,33%). Enquanto isso, o dólar caiu para 105,86 ienes na mínima do dia (-1,12%).
A depreciação do dólar reflete as preocupações dos investidores quanto à saúde da economia americana, além de repercutir o novo recorde do petróleo (produto negociado em dólar), que chegou a US$ 142,99 por barril no pregão eletrônico em Nova York. Por volta das 16h (de Brasília), o
euro subia 0,24%, a US$
1,5773, e o dólar caía 0,77%, a 106,24 ienes.
Segundo operadores, também contribuíram para a queda do dólar em relação à moeda brasileira hoje o resultado do leilão de compra pelo Banco Central (BC) e disputas no mercado futuro de dólar.
Leilão
Em seu habitual leilão diário de compra de dólar à vista, o BC pode ter aceitado poucas propostas, levando as tesourarias participantes a oferecerem seus dólares ao mercado após o leilão.
Foi justamente depois do leilão, que aconteceu às 15h20min, que a cotação do dólar inverteu o sinal para o negativo. Além disso, a disputa no mercado futuro em torno das rolagens de contratos de dólar teria se acirrado à tarde e contribuído para o recuo mais acentuado das cotações.
MP
Ao final da manhã, o BC divulgou a medida provisória (MP) 435. No que diz respeito ao câmbio, a medida exclui a necessidade
da conversão da moeda estrangeira do país de origem de uma ordem de pagamento, já que ela chegará
expressa em reais.
A autoridade monetária esclareceu ainda que a medida atingirá pessoas físicas e jurídicas e que ela atende a um pedido das empresas nacionais.
Ainda segundo o BC, a medida vai diminuir custos e reduzir formalidades para, por exemplo, exportadores brasileiros ou famílias que venham a receber remessas do Exterior.
A medida terá impacto "neutro" sobre as cotações do dólar, na avaliação do BC. O mercado de câmbio e analistas ainda estão digerindo as informações e não chegaram a uma conclusão.
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