| 25/06/2008 17h56min
A manutenção da taxa de juros nos EUA, a queda do petróleo, a capitalização do Barclays e indicadores americanos favoráveis fizeram com que a Bovespa trabalhasse o dia todo com alta firme e registrasse a segunda maior variação percentual do mês de junho (é preciso fazer a ressalva, no entanto, que neste mês a Bolsa subiu em apenas seis sessões, considerando a de hoje).
O Ibovespa, principal índice, encerrou em alta de 2,63%, aos 65.853,3 pontos, na segunda maior elevação do mês, atrás da registrada no dia 5 (+3,69%). Oscilou entre a mínima de 64.173 pontos (+0,01%) e a máxima de 66.308 pontos (+3,34%). No mês, as perdas foram reduzidas a -9,35% e, no ano, os ganhos somam 3,01%. O volume financeiro negociado hoje totalizou R$ 6,575 bilhões.
Fed
O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) decidiu hoje, pela primeira vez desde a metade do ano passado, não alterar sua taxa de juro de curto prazo, que está em 2% ao ano.
Foram 9 votos contra 1, do dirigente da
regional do Fed de Dallas, Richard Fisher, que preferia uma elevação do juro para combater a inflação.
A taxa de redesconto, crédito emergencial do Fed para bancos, também foi mantida no nível atual, de 2,25% ao ano.
Como a decisão era a que o mercado esperava, a reação foi positiva. E os ganhos acabaram se amplificando após o anúncio porque também o comunicado do Fed foi considerado suave.
"Os riscos de alta para a inflação e as expectativas de inflação aumentaram", mas, apesar disso, o Fed "espera que a inflação se modere mais tarde neste ano e no próximo ano", diz o texto no trecho destacado como leve pelos analistas.
Com o alívio proporcionado pelo Fed, muitos investidores voltaram ao mercado doméstico e foram às compras, principalmente das pechinchas que se formaram com o tombo da Bovespa no mês.
Petrobras e Vale
Um dos destaques foi Petrobras, que caía na
sessão até antes do anúncio do Fed por causa do petróleo em baixa e então passou a
subir. As ações encerraram em alta de 2,70% as PN e 2,80% as ON.
Vale manteve a trajetória de elevação que registrou durante o dia e encerrou em +2,07% as ON e +2,66% as PNA. Os setores siderúrgico e bancário, destaques de baixa nos últimos dias, também avançaram.
Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, não sustentou os ganhos mais firmes exibidos mais cedo e terminou a sessão em +0,04%.
O S&P subiu 0,58% e o Nasdaq avançou 1,39%. A queda do petróleo após a alta dos estoques da commodity nos EUA foi uma das justificativas para o sinal positivo dos índices acionários por lá. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo encerrou em baixa de 1,79%, a US$ 134,55 por barril.
Além dos estoques, foram divulgados nos EUA o dado de encomendas de bens duráveis em maio, que ficou estável, ante previsão de queda de 0,5%, e a venda de imóveis novos, que recuou 2,5%, para 512 mil unidades (ante previsão de queda para 510 mil).
Outra notícia favorável foi a do
Barclays, que vai se capitalizar em US$ 8,9 bilhões por meio de emissão de ações.
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