| 13/06/2008 23h51min
A vitória do Leão nesta sexta-feira sobre o Vila Nova representou mais que os três pontos na tabela da Série B. Para o técnico Silas, foi um alívio. O treinador estava invicto, mas desde o dia 9 de maio não conquistava uma vitória sequer. A série de empates chegou ao fim e Silas desabafou:
— Esse negócio de invencibilidade já está atrapalhando, porque é melhor ter mais vitórias e uma derrota do que seguir em série de empates. Já estávamos sendo vistos como o time que não perde, mas também não ganha. Eu estava muito insatisfeito. Por isso corremos mais riscos neste jogo, mas não deixamos de estar seguros em função disso — disse o técnico.
Apesar da alegria da vitória, Silas demonstrou insatisfação com parte das arquibancadas vazias na Ressacada. O treinador espera que, com a subida do Avaí na tabela, o torcedor volte a comparecer e ajudar o time.
— Apesar do Estádio não estar lotado, a partir do momento que você melhora na tabela, o torcedor deve comparecer. No próximo jogo aqui, contra o Ceará, teremos mais pessoas conosco, pois isso conta muito em favor do time. A torcida precisa entender que é um processo, lento e progressivo.
Mudança de esquema em cima da hora
Silas aguardava um Vila Nova mais retrancado e chegou a montar a equipe com três zagueiros. No entanto, quando soube da escalação do adversário, alterou seu esquema para linha de quatro e deixou o time ofensivo o suficiente para anotar a goleada.
— Eu ia entrar com três zagueiros. Quando vi que o Vila Nova entraria com dois, mudei o esquema. Estou muito feliz, principalmente porque jogamos em linha de quatro e não fomos pressionados, apenas quando sofremos gol, em uma bobeira que vamos consertar nesta semana.
Satisfação com o elenco
Entre elogios à atuação dos seus jogadores, o técnico Silas deixou claro o estilo que pode mudar o rumo do Leão a partir desta goleada. Nada de voltar, ele quer é o time para a frente.
— Eu não gosto de volante que busca a bola no pé do zagueiro, nem atacante que busca bola no pé do meia, nem de meia que fica recuando. Se for assim, está na função errada. Gostei muito do Marquinhos, porque ele jogou mais à frente, que é onde ele é perigoso, inteligente e cria os espaços.
Sobre os jogadores, Silas não conteve palavras que demonstram a valorização do técnico, sobretudo ao meia Marquinhos, o qual, junto a Batista, ele considera como seus "dois treinadores" dentro de campo.
— Ele sabe que, junto ao Batista, são os dois treinadores que eu tenho em campo. O Marcus Winícius, não apareceu muito, mas foi muito bem em campo, na marcação, e me deu muita segurança. O Jef Silva melhorou, mas ainda tem um pouco de dificuldade neste sistema. Se eu soubesse que o Elísio seria expulso, eu não tiraria o Jef e continuaríamos pressionando o Vila Nova, mas ninguém tem bola de cristal — completou o treinador.
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