| 13/06/2008 18h02min
A estréia das ações da empresa de petróleo e gás OGX no Novo Mercado impediu que a Bolsa de Valores de São Paulo tivesse um pregão fraco, com volume pífio, nesta sexta-feira. A volatilidade marcou a última sessão da semana, com o Índice Bovespa dividido entre o vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira e a venda de papéis por estrangeiros, de um lado, e as boas notícias corporativas (entre elas uma nova descoberta da Petrobras) de outro.
O Ibovespa encerrou em baixa de 0,17%, aos 67.203,5 pontos. Oscilou hoje entre a mínima de 66.906 pontos (-0,61%) e a máxima de 67.885 pontos (+0,84%). Na semana, acumulou perdas de 3,70%, no mês, de 7,42%, mas, no ano, tem alta de 5,19%. O volume financeiro de R$ 7,031 bilhões registrado hoje foi inflado pela OGX, que respondeu, sozinha, por R$ 2,537 bilhões deste total.
Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 1,37%, o S&P-500 avançou 1,50% e o Nasdaq ganhou 2,09%, ajudados pelo núcleo (sem preços de alimentos e
energia) do índice de
inflação ao consumidor em maio em linha com as projeções (alta de 0,2%).
Juntamente com a queda do petróleo, o indicador deu trégua às preocupações de estagflação que permearam os negócios ao longo desta semana. O petróleo encerrou em baixa de 1,37%, aos US$ 134,86 por barril.
A influência positiva de Wall Street serviu apenas de moldura hoje, assim como a confirmação, pela Petrobras, da descoberta de mais petróleo, desta vez no poço de Guará.
O impacto foi fraco nas ações porque ainda se discute se essa descoberta já teria sido anunciada e se seria parte de outra estrutura, no caso, a do poço Carioca.
Além disso, os analistas querem é saber qual o potencial das últimas descobertas, e não apenas que elas existem, e também quando é que o óleo começará a jorrar. Com isso, a alta das ações foi menor do que costuma ocorrer quando há estes anúncios. Petrobras ON subiu 1,96% e Petrobras PN, 1,59%.
Recorde
No caso da OGX, embora os papéis tenham
disparado, eles não integram o Ibovespa e, por isso, não influenciam o fechamento. Estas ações encerraram em alta de 8,31%, a R$ 1.225. Foi a maior oferta pública inicial (IPO) da história no país, com R$ 6,711 bilhões, superando os R$ 6,6 bilhões registrados pela Bovespa Holding no ano passado.
O papel saiu no topo da faixa de preço sugerido, a R$ 1.131. Segundo fontes, a demanda pelos papéis superou 10 vezes a oferta e a maior parte dos títulos foi comprada por investidores estrangeiros.
Como contraponto, Vale fechou novamente em queda. Logo cedo, a japonesa Mitsui anunciou a injeção de recursos na empresa por meio da Valepar (controladora da Vale). Serão US$ 693 milhões direcionados à oferta pública de ações da companhia.
A saída dos estrangeiros afetou os papéis, ainda prejudicados pelo exercício de opções na próxima semana e pela perspectiva de que ela faça uma aquisição, elevando seu endividamento. Hoje, o diretor financeiro e de relações com
investidores da mineradora, Fábio
Barbosa, afirmou que a companhia pretende, sim, ir às compras, que é uma forma de complementar o crescimento orgânico da empresa. Vale PNA caiu 1,33% e Vale ON subiu 0,12%.
Brasil Telecom e Oi
As ações da Brasil Telecom e da Oi caíram: Brasil Telecom Participações PN perdeu 7,91%, a maior queda do Ibovespa, e Tele Norte Leste PNA recuou 2,26%. Ontem, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou, por unanimidade, do novo Plano Geral de Outorgas (PGO) para o setor de telefonia, com as alterações necessárias para que a Oi possa comprar a Brasil Telecom. O PGO irá agora para a consulta pública, por um período de 30 dias.
Por outro lado, o PGO beneficiou os papéis da Vivo e da TIM, que lideraram o ranking de maiores valorizações do Ibovespa: Vivo PN ganhou 5,80%, TIM Participações PN avançou 4,68% e TIM Participações ON subiu 4,50%.
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