| 05/06/2008 10h23min
O advogado Roberto Teixeira, acusado de usar seus contatos no governo para obter vantagens para os compradores das empresas VarigLog e Varig, anunciou ontem que vai processar a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu e o empresário Marco Antônio Audi.
Conforme Denise, os advogados do escritório de Roberto Teixeira, incluindo sua filha Valeska Teixeira e seu genro Cristiano Martins, pressionaram os diretores da Anac para aprovar a venda da empresa de cargas VarigLog ao fundo americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros. Os brasileiros são acusados de serem "laranjas" dos investidores estrangeiros.
Já Audi, um dos sócios brasileiros acusados pela Justiça, havia dito que deu US$ 5 milhões para Teixeira "cuidar do caso". E que Teixeira, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teria usado sua influência no governo para aprovar o negócio. Audi também disse ter ouvido de Teixeira insinuações sobre propinas.
—
Com certeza vamos entrar com processo
contra o sr. Audi e contra a Denise. Aliás, não foi uma nem duas vezes. A cada momento que minha honra pessoal, profissional ou do escritório (foi atingida), nós nunca nos furtamos a ingressar com as ações — disse o advogado, durante uma entrevista coletiva.
Teixeira refutou as acusações, mas não deu detalhes sobre alguns pontos das denúncias. Ele negou ter recebido os US$ 5 milhões para cuidar do caso e de ter falado de propinas. Mas não quis dizer quanto ganhou.
— A prova é dele e não minha. Recebemos por força de um contrato de honorários por hora trabalhada, em valores de praxe — disse.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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