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 | 20/05/2008 17h11min

Petróleo Brent bate recorde e fecha a US$ 127,84

Preço do barril superou pela primeira vez os US$ 128 durante a sessão

O petróleo Brent, de referência na Europa, voltou a valorizar nesta terça-feira ao superar pela primeira vez os US$ 128 no mercado de futuros de Londres, influenciado, mais uma vez, pelos temores de uma escassez de provisão.

O barril de petróleo do Mar do Norte para entrega em julho fechou hoje a US$ 127,84 no Mercado International de Futuros de Londres (ICE, na sigla em inglês), US$ 2,78 mais caro que no fechamento de segunda-feira, quando terminou o dia cotado a US$ 125,06.

Durante a sessão, o Brent marcou um recorde histórico ao superar pela primeira vez a barreira dos US$ 128, sendo vendido a US$ 128,07.

O Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve), de referência nos Estados Unidos, também atingiu hoje máximas históricas no mercado nova-iorquino ao superar a barreira psicológica dos US$ 129.

A escalada de alta do petróleo é vista, especialmente, como conseqüência da insegurança gerada entre os investidores sobre a provisão a partir de países produtores. Teme-se que eles não consigam fazer frente à demanda, especialmente da China, que, em plena contagem regressiva para os Jogos Olímpicos, aumentou seu consumo energético interno.

Também influi no preço da commodity a desvalorização do dólar frente a outras divisas, o que atrai investidores interessados em aplicar em matérias-primas que, como o petróleo, são comercializadas em moeda americana.

Opep

Apesar dos pedidos dos EUA e de alguns países da União Européia (UE), a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) descartou aumentar sua produção — para contribuir para reduzir o preço do petróleo — antes da reunião do cartel, em Viena, prevista para 9 de setembro.

Os países-membros da Opep produzem atualmente cerca de 32 milhões de barris de petróleo por dia, o que representa 60% da oferta mundial.

Os membros da Opep sustentam que a alta dos preços se deve ao enfraquecimento do dólar e a questões políticas, e que as atuais provisões são suficientes.

Na semana passada, o Goldman Sachs, banco de investimento mais ativo nos mercados energéticos, elevou para US$ 141 a previsão de preço para o barril do petróleo para o segundo semestre do ano.

A advertência do Goldman Sachs foi divulgada entre rumores de que a compra de diesel por parte da China (segundo consumidor energético do mundo depois dos EUA) poderia limitar as provisões.

O último recorde anterior ao de hoje do petróleo Brent foi registrado na sexta-feira, quando foi vendido a US$ 126,34 o barril devido, mais uma vez, aos temores de que a oferta não possa fazer frente à demanda.

EFE
 
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