| 28/03/2008 22h38min
Os produtores rurais argentinos suspenderam ou flexibilizaram nesta sexta-feira os bloqueios de estradas, enquanto dirigentes do setor negociam com o governo uma saída ao conflito gerado pela greve agropecuária iniciada há 16 dias.
As organizações rurais resolveram suspender temporariamente a paralisação e seus diretores compareceram a uma reunião com funcionários do Executivo na sede governamental.
Após o início do encontro em Buenos Aires, produtores e trabalhadores rurais que bloqueavam dezenas de estradas do interior país desde que começou o protesto liberaram parcial ou totalmente o trânsito.
Apesar disso, eles advertiram de que permanecem em "estado de alerta e mobilização" à beira das rodovias, à espera do resultado das conversas entre os líderes das patronais agropecuárias e o governo.
Os piquetes nas estradas geraram o desabastecimento de produtos básicos em muitas cidades do país e a greve comercial também causou
impacto em outros setores da economia, como
indústria, transporte de carga e de passageiros.
Os representantes do Executivo na reunião com os dirigentes rurais são o chefe de Gabinete, Alberto Fernández; o ministro da Economia, Martín Lousteau, e o secretário de Agricultura, Javier de Urquiza.
Pelos trabalhadores rurais compareceram cerca de vinte diretores da Federação Agrária, da Sociedade Rural, de Confederações Rurais e Coninagro, as quatro entidades que convocaram a medida de força em rejeição ao aumento dos impostos à exportação de grãos.
A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, participou do encontro por alguns minutos e cumprimentou cada um dos representantes das entidades rurais, informaram fontes oficiais.
Em comunicado, as quatro entidades do campo assinalaram que, após a reunião com o governo, "serão avaliados os seus resultados e estes serão submetidos a consultas com as bases de todo o país", o que deve acontecer neste sábado.
Entenda como a crise argentina afeta o Brasil
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