| 24/03/2008 16h42min
Diversos ativistas tibetanos denunciaram hoje terem sido "violentamente detidos" pelas autoridades gregas na Antiga Olímpia após protestarem contra a repressão chinesa durante a cerimônia de passagem da tocha olímpica dos Jogos de Pequim 2008.
Um comunicado conjunto de várias organizações tibetanas acusa o governo chinês de "usar os jogos e o revezamento mundial da tocha para encobrir suas atuações contra os direitos humanos e legitimar seu poder no Tibete".
A nota acrescenta que "o governo chinês tem a intenção de fazer com que a tocha olímpica passe pelo Tibete, como um esforço descarado para controlar a pátria tibetana".
Diversos grupos denunciaram a detenção de ativistas pró-Tibete de Suíça, Alemanha e EUA em Olímpia, no sudoeste da Grécia.
Um ativista tibetano foi detido violentamente por dois agentes gregos após levantar uma bandeira tibetana durante a passagem da tocha.
Outros foram detidos após
pendurar em um balcão no centro de Olímpia um cartaz com os
dizeres "Acenda a paixão e compartilhe o sonho de um Tibete livre".
Os ativistas asseguram que um de seus líderes, Tenzin Dorjee, um tibetano-americano, foi detido junto a um jornalista grego e "arrastado à força pelas ruas da cidade por pelo menos 20 agentes da polícia".
Dorjee havia comparecido horas antes ao hotel do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, para expressar-lhe sua preocupação com a situação no Tibete.
"É inaceitável que Rogge tenha se negado a sentar e conversar sobre a forma pela qual o COI poderia contribuir para melhorar a situação no Tibete", assinala o comunicado.
A nota critica ainda o fato de o COI ter se negado a mudar a rota da tocha, apesar das solicitações de mais de 150 organizações.
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