| 18/03/2008 08h56min
O Dalai Lama renunciará como líder dos tibetanos se estes "escolherem a violência" para resolver seus conflitos com as autoridades chinesas, disse nesta terça-feira um porta-voz de seu escritório na cidade indiana de Dharamsala.
— O Dalai Lama disse que, se os tibetanos escolherem a violência para enfrentar a China, não restará outra opção que apresentar sua renúncia — informou Tenzin Taklha, acrescentando que o líder tibetano reiterou seu "compromisso com a paz" e sua rejeição ao uso da violência.
O governo chinês acusou o Dalai Lama e seus colaboradores de apoiar a revolta que causou a morte de 13 pessoas — segundo a versão oficial de Pequim — em Lhasa, capital do Tibete, na semana passada. O escritório do líder espiritual e político dos tibetanos já desmentiu qualquer tipo de envolvimento nos atos. Além disso, o governo tibetano no exílio, com sede em Dharamsala, afirmou que pelo menos 80 pessoas morreram nos distúrbios em Lhasa.
Os incidentes em Lhasa da sexta-feira passada ocorreram em meio aos protestos de tibetanos, ocorridos depois da comemoração da fracassada rebelião contra o mandato chinês em 1959, que causou a ida ao exílio do Dalai Lama. Ontem, terminou o ultimato dado pelas autoridades chinesas para que os incitadores das revoltas se entregassem, por isso, a polícia agora está procurando essas pessoas "casa por casa", informaram grupos críticos a Pequim no Exterior.
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