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 | 17/03/2008 19h24min

ONU pede que China se contenha em resposta a protestos no Tibete

Pelo menos 13 pessoas morreram e dezenas foram detidas, segundo fontes chinesas

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira às autoridades chinesas que se contenham em sua resposta aos protestos no Tibete, onde pelo menos 13 pessoas morreram e dezenas foram detidas, segundo fontes chinesas.

Ban transmitiu sua preocupação com o fato ao embaixador chinês perante a ONU, Guangya Wang, com o qual manteve uma reunião na sede central da organização.

— Peço às autoridades que se contenham, apelo a todos os envolvidos que detenham os confrontos e a violência, e enfatizo a necessidade de uma resolução pacífica — disse o secretário-geral em entrevista coletiva.

O responsável da ONU afirmou que sente "uma crescente preocupação" com notícias de "detenções, violência e perda de vidas", mas acrescentou que não tem dados exatos sobre quantas pessoas foram mortas.

As autoridades chinesas negam ter usado armas para sufocar os protestos e afirmam que o número de mortos chega a 13, mas o Executivo tibetano insiste em que mais de cem pessoas podem ter morrido na repressão chinesa às manifestações.

Sobre se a ONU deveria intervir, o secretário-geral se limitou a indicar que acompanhará a evolução dos eventos.

O presidente de turno do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o embaixador russo Vitaly Churkin, disse que a crise do Tibete não está em sua agenda e indicou que este "não é um assunto para o Conselho de Segurança".

A capital do Tibete, Lhasa, vive hoje uma calma aparente, em espera do fim do ultimato para que os responsáveis da revolta se entreguem às autoridades chinesas.

EFE
 
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