O Senado Argentina aprovou na noite desta terça-feira, dia 5, o Orçamento para 2002. A proposta já havia sido aprovada na semana passada pelos deputados. A aprovação do projeto significa um obstáculo a menos para que o presidente Eduardo Duhalde consiga a tão esperada ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI). O pacto fiscal, a aprovação do Orçamento e a retomada do diálogo com os credores externos eram tópicos pedidos pelo Fundo para o início das negociações.

Nesta terça, chegaram a Buenos Aires os técnicos do FMI, como parte da missão que começará a avaliar nesta quarta-feira, dia 6, as contas públicas e o programa econômico argentino.  A delegação chegou liderada pelo diretor para o Hemisfério Ocidental do FMI, John Thorton, e a partir desta quarta ficará sob responsabilidade do novo direitor do Departamento de Operações Especiais do Fundo, Anoop Singh.

A dúvida sobre o tamanho do pacote que a Argentina tentará conseguir com o FMI é grande. O vice-ministro da Economia, Jorge Todesca, falou da expectativa de o país conseguir um pacote de até US$ 23 bilhões. Para analistas do mercado argentino, o socorro pode ser bem menor e não superar os US$ 9 bilhões que o governo tem em desembolsos pendentes do último acordo fechado com o FMI.