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O presidente argentino Eduardo Duhalde teve um dos dias mais tensos de sua gestão nesta quarta-feira, 20. Os protestos foram generalizados em todo o país e reivindicaram a criação de empregos, a distribuição de alimentos, o fim do corralito (restrições a saques bancários), a destituição de juízes da Corte Suprema e eleições gerais.
Milhares de desempregados e moradores de bairros portenhos concentraram-se na Praça de Maio, em frente da Casa Rosada, para protestar contra a política econômica de Duhalde. Os protestos também incluíram um "abraço" simbólico ao Parlamento e piquetes nas estradas de acesso à Buenos Aires.
No último dia de prazo, uma enorme fila de correntistas se formou em Buenos Aires para ingressar com ações na Justiça pedindo a liberação total de saques bancários. Diante da enorme quantidade de pedidos, a Justiça adiou o prazo final de entrada de processos em cinco dias.
Duhalde, admitiu que o Fundo Monetário Internacional (FMI) "não crê em uma palavra" do que os funcionários do governo lhes falam. Duhalde também afirmou, no entanto, que o governo não vai se comprometer com exigências que não podem ser cumpridas.
O presidente Fernando Henrique Cardoso vai insistir na necessidade de ajuda da comunidade internacional à Argentina na Reunião de Cúpula da Governança Progressista, que ocorre nesta sexta-feira e sábado na Suécia. O objetivo de FH será sensibilizar pelo menos os quatro líderes do G-7, o grupo dos países mais ricos do mundo, que estarão presentes ao encontro sobre a impossibilidade de o governo argentino superar as crises econômica e social sem o socorro financeiro do FMI.
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