| 12/08/2008 16h45min
Após cerca de uma hora e 20 minutos de depoimento à Polícia Federal (PF), o empresário e lobista Lair Ferst não apresentou fatos novos sobre a fraude do Detran, nem se explicou sobre a tentativa de saque de R$ 200 mil em uma agência bancária de Porto Alegre. Em entrevista coletiva após o interrogatório, o superintendente da PF, Ildo Gasparetto, classificou como blefe as informações concedidas pelo lobista ao jornal Folha de São Paulo.
— Ele perdeu a credibilidade — disse Gasparetto.
Inquerido pelo delegado Gustavo Schneider, da PF de Santa Maria, Lair se negou a revelar também novos nomes, os quais havia prometido anunciar em entrevista à Folha. Ele disse que iria utilizar do direito de falar apenas em juízo.
Assim, Gasparetto explicou que deverá haver uma nova reunião da força-tarefa para estudar os próximos passos das investigações. O superitendente contou que procurou o Ministério Público e constatou que não há nenhum pedido dele ou de sua defesa
para um acordo com delação
premiada.
— A entrevista pode ter sido uma jogada dele. Pode ser uma tática da defesa ou dele próprio. O objetivo poderia ser tumultuar o processo que já está em andamento — disse.
Gasparetto esclareceu que não há subsídio para pedir uma prisão preventiva do réu, por enquanto. Ele não descarta, entretanto, a possibilidade de conversar com o Ministério Público (MP) sobre a possibilidade da prisão, que pode ocorrer caso seja comprovado que Lair usou a estratégia para amedontrar testemunhas.
Em maio último, o empresário e outros 43 réus foram denunciados à Justiça Federal pelo desvio de cerca R$ 44 milhões dos cofres do Detran gaúcho, mas só 40 são réus no processo da Rodin.
Ele também tentou sacar R$ 200 mil em um banco de Porto Alegre. Os bens do lobistas seguem retidos.
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