| 10/07/2008 20h54min
Um documento apreendido pela Polícia Federal na casa do banqueiro Daniel Dantas, no Rio de Janeiro, foi usado como prova para o novo pedido de prisão do dono do Banco Opportunity. A informação é do procurador da República Rodrigo de Grandis, que solicitou nesta quinta-feira à Justiça Federal em São Paulo a prisão preventiva do banqueiro.
Em entrevista coletiva concedida na sede do Ministério Público Federal, De Grandis disse que em um documento encontrado durante as diligências da Operação Satiagraha havia uma planilha com o título Contribuições aos Amigos. Desse documento, afirmou o procurador, é possível deduzir que no ano de 2004 foram pagos US$ 1,5 milhão ou reais a título de contribuição para que um dos companheiros não fosse indiciado criminalmente.
Para De Grandis, o documento prova que Dantas utilizava-se de um esquema de suborno de delegados da PF para que seu nome não fosse citado em inquéritos.
— É um documento que revela, efetivamente,
a prática da propina por parte do
grupo criminoso — explicou o procurador.
Ainda de acordo com De Grandis, em seu depoimento à PF, Hugo Sérgio Chicaroni, apontado como emissário de Dantas, detalhou o esquema de corrupção ativa, crime diferente do que motivou a prisão do banqueiro na terça-feira. Segundo De Grandis, a prisão preventiva de Dantas não tem prazo de validade e só uma decisão judicial pode livrar o banqueiro da prisão, que ele espera que não ocorra, uma vez que a decisão do juiz Fausto de Sanctis, que decretou a prisão preventiva, está muito bem fundamentada.
Clique nos nomes abaixo e veja os perfis
Quem é Dantas
Quem é
Pitta
Quem é Naji Nahas
Clique no gráfico abaixo para ver matérias, comentário da colunista Rosane de Oliveira e como foi a Operação Satiagraha:
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