| 28/04/2008 18h33min
Foi suspenso por um minuto o depoimento do empresário e advogado Ferdinando Fernandes, a pedido do vice-presidente da CPI do Detran, Paulo Azeredo (PDT). Azeredo irritou-se quando Ferdinando chamou-o de "leviano" e pediu a paralisação dos trabalhos. O depoimento de Ferdinando já dura cerca de duas horas.
Na primeira parte do depoimento, ele irritou os deputados ao não responder nenhuma das questões colocadas. O relator Adilson Troca (PSDB) possuía um rol de 55 perguntas preparadas para o depoente. Depois de 27 questões, tendo como resposta apenas que o depoente vai prestar esclarecimentos apenas ao Poder Judiciário, Troca desistiu de prosseguir.
Depois de Troca, os deputados de oposição se revezaram na tentativa quase sempre infrutífera de obter respostas de Fernandes. Stela Farias (PT) baseada em depoimentos dados à Polícia Federal por outros dos indiciados da Operação Rodin, todos demonstrando relações de Ferdinando e de sua família com a fraude contra o Detran,
tentou provocar o depoente.
O mesmo foi feito por Raul Carrion (PCdoB) :
— Ao calar aqui, o senhor demonstra desrespeito à Constituição e perde a oportunidade do contraditório.
Paulo Azeredo (PDT), vice presidente da CPI, conseguiu tirar algumas poucas respostas diferentes de Ferdinando. Ele perguntou se o depoente era filiado ao PDT. Ferdinando disse que sim:
— Sou militante desde antes de ter a idade mínima para formalizar a filiação.
Ferdinando confirmou que Denise Nachtigall é sua esposa, mas negou que ela seja sua sócia. Ao perceber que Ferdinando trazia consigo um impresso do projeto Pacto pelo Rio Grande, promovido pela Assembléia em 2005, Azeredo tentou tirar do depoente quem pagou pela publicação, já que vários integrantes da empresa Pensant, incluindo Ferdinando, teriam trabalhado junto ao Pacto pelo Rio Grande — sem obter resposta.
Na primeira parte do depoimento, ele irritou os deputados ao não responder nenhuma das questões colocadas
Foto:
Genaro Joner
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