| 17/09/2007 16h13min
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, afirmou que repetiria hoje a decisão tomada em 2000 que liberou da prisão preventiva o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, preso no final de semana em Mônaco. Beneficiado por um habeas-corpus concedido por Marco Aurélio, o ex-banqueiro aproveitou a liberdade para, dias depois, fugir para a Itália e não mais voltar ao Brasil para cumprir pena de 13 anos a que foi condenado em 2005.
— O que temos que considerar é que a liminar foi deferida quando ele era um simples acusado, não havendo ainda a sentença condenatória — afirmou Marco Aurélio.
O ministro argumenta que, como o processo contra Cacciola não foi concluído à época em que ele concedeu o habeas-corpus, não havia motivo para manter preso o ex-banqueiro. Marco Aurélio afirmou ainda ser possível negociar com o governo de Mônaco a extradição de Cacciola:
— Se o Brasil prometer a Mônaco extraditar alguém que Mônaco tem interesse na
persecução criminal, evidentemente a
tendência é ter-se o deferimento da extradição.
Desde 1999, Cacciola era procurado pelos crimes de gestão fraudulenta, corrupção passiva e peculato quando administrava o Marka, banco de sua propriedade. Ao lado do FonteCindam, o Marka causou prejuízo de R$ 1,6 bilhão ao Banco Central durante a maxidesvalorização do real.
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