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 | 07/10/2009 13h20min

Produção de máquinas agrícolas soma 6.097 unidades em setembro

Números são 7,1% maiores em relação a agosto deste ano

Atualizada às 20h30min

O Brasil exportou quase 55% menos máquinas agrícolas na comparação de janeiro a setembro deste ano com o mesmo período no ano passado. A informação foi divulgada nesta quarta, dia 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A expectativa é de uma leve recuperação do mercado externo até o fim do ano. Porém, isso não deve impedir o resultado negativo.

A produção de máquinas agrícolas pelas fabricantes instaladas no país somou 6.097 unidades em setembro, queda de 23,3%  na comparação com o mesmo mês de 2008 e alta de 7,1% em relação a agosto. As vendas de máquinas agrícolas somaram 5.446 unidades, aumento de 7,9% em relação a agosto e leve queda de 0,4% na comparação com setembro de  2008.

Porém, no acumulado desde janeiro, a situação ainda é ruim. Produção, vendas internas, exportações e postos de trabalho. Nos primeiros nove meses de 2009, a produção atingiu 45.797 unidades, o que representou recuo de 27,8% ante o mesmo período de 2008. Neste período, as vendas corresponderam a 38,36 mil máquinas, queda de 6,4% ante os primeiros nove meses do ano passado.

As exportações são a maior preocupação. Só a Argentina, principal comprador das máquinas agrícolas do Brasil, diminuiu em 75% as encomendas de trator. No geral, as vendas caíram 54,9% de janeiro a setembro. E a receita reduziu 62,1%.

Uma das empresas que sofreu com essa situação foi a AGCO, que reúne as duas principais marcas de tratores do país. Os embarques estão 20% menores neste ano. Os dirigentes dizem que o dólar em queda não tem ajudado.

O presidente da empresa cobra ação do governo.

— Eu acho que o governo brasileiro tinha que adotar uma estratégia para reverter isso porque o real forte não ajuda o Brasil internamente. Isso prejudica todo o negócio, todas as companhias, inclusive os agricultores que dependem das exportações — disse o CEO da AGCO, Martin Richenhagen.

A Anfavea tem uma opinião diferente. Para eles, o que tem determinado a redução pela metade das exportações de máquinas agrícolas é o encolhimento dos mercados internacionais. O dólar baixo vai impactar, sim, só que mais no médio prazo. O grande impacto vai ser a perda de competitividade da indústria brasileira de máquinas agrícolas.

Ainda assim, a entidade acredita numa leve recuperação das exportações até o fim do ano. Porém, isso não deve impedir uma queda de até 43% nas vendas externas em 2009.

AGÊNCIA SAFRAS

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