| 06/10/2009 10h33min
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, abre nesta quinta, dia 7, no Rio de Janeiro, a sexta edição da Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Brasil Rural Contemporâneo). Ele quer superar o sucesso da edição anterior, quando foram movimentados mais de R$ 5 milhões em rodadas de negócios diretas com agricultores familiares de todo o país.
Este ano, a feira se estenderá por seis dias, um dia a mais do que no ano passado, e elevará o número de expositores de 547 para 650, que estarão apresentando mais de 10 mil tipos de produtos em uma área de 25 mil metros quadrados na Marina da Glória.
– Vão ser 550 toneladas de produtos, 37 shows e mais de 400 artistas. Serão seis dias de feira em que o carioca poderá entrar em contato com um Brasil rural contemporâneo rico, talentoso, com muito produto que, geralmente, passa ao largo da nossa atenção – afirmou Cassel.
Ele observou que na 5ª Feira da Agricultura Familiar, realizada em setembro de 2008, foram vendidas integralmente as 380 toneladas de produtos ofertadas. Segundo Cassel, foi uma oportunidade em que os produtores de todo o país puderam trocar experiências e, acima de tudo, mostrar a riqueza da agricultura familiar em um centro consumidor importante como o Rio de Janeiro.
Esta é a segunda vez que o evento é realizado na cidade. As quatro primeiras edições foram feitas em Brasília. Além da sustentabilidade ambiental, o encontro tem o objetivo de mostrar o que é moderno no campo hoje.
– Moderna é a geração de trabalho e renda, a preservação do meio ambiente e a produção voltada para a segurança alimentar de toda a população. Além do alimento de qualidade, alimento orgânico, sem veneno, que as pessoas consomem com gosto e com segurança. Esse é o [setor] rural do século 21, que seja capaz de produzir com qualidade, de preservar o meio ambiente e de gerar trabalho e renda. Esse é o [setor] rural que a gente vai mostrar na feira – explicou Cassel.
O ministro destacou a importância da agricultura familiar para a economia brasileira. Lembrou que o último censo agrícola, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirma a vitalidade do setor. Ele representa atualmente quase 11% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, e responde por 38% do valor bruto da produção agrícola.
– São R$ 54 bilhões por ano e ela tem apenas 24% da área. Ou seja, se ela tem apenas 24% da área e responde por 38% do valor bruto da produção, é porque ela é mais produtiva. A agricultura familiar hoje é o modelo que tem mais produtividade no campo.
A área é responsável ainda por 70% de todos os alimentos que são consumidos diariamente no país. Além disso, 75% da mão de obra empregada no campo vêm da agricultura familiar. Ela é motivo de orgulho para todos os brasileiros.
Este ano, o MDA destinou, somente para crédito e assistência técnica, R$ 15 bilhões do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) aos agricultores do setor. Em 2003, no início da primeira gestão do governo Lula, o crédito disponível para a agricultura familiar totalizava R$ 2,3 bilhões, informou Cassel.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá visitar a 6ª Feira Nacional da Agricultura Familiar na próxima sexta-feira, dia 9. O evento é considerado o maior do gênero da América Latina.