| 28/07/2009 00h41min
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Honduras, Romeo Vásquez, visitou hoje as tropas do país destacadas na fronteira com a Nicarágua, por onde o presidente deposto Manuel Zelaya pretende retornar ao território hondurenho.
Um porta-voz de Vásquez disse à Agência Efe em Tegucigalpa que o alto oficial queria saber "como estão os soldados e oficiais que apoiam a missão da Polícia na zona". Centenas de militares e policiais participam da chamada "Operação paz e democracia", organizada na estrada que vai de Tegucigalpa até a passagem fronteiriça de Las Manos.
Diversas batidas policiais impediram que muitos dos seguidores de Zelaya chegassem até Las Manos para se encontrar com o governante deposto, que continua coordenando da Nicarágua seu plano de voltar ao país para retomar o poder, apesar da ordem de captura emitida contra si.
Ao saber da visita de Vásquez, Zelaya disse à rede de televisão venezuelana "Telesur" que pediu ao alto
comando militar para que permita a passagem de
sua mãe, Hortensia Rosales, de sua esposa, Xiomara Castro, e de seus filhos, entre outros familiares, a Las Manos "para abraçá-los".
O departamento (estado) hondurenho de El Paraíso continua em toque de recolher desde sexta-feira, assim como outros três pontos na fronteira com a Nicarágua no departamento de Choluteca. O chefe da "Operação paz e democracia", Danilo Orellana, reafirmou hoje aos jornalistas que, caso Zelaya cruze a fronteira, "será capturado".
Zelaya foi retirado do poder e expulso de Honduras em 28 de junho. Quatro dias antes, ele anunciou a destituição de Romeo Vásquez por negar o apoio logístico das Forças Armadas à consulta popular que o governante deposto propunha e que aconteceria no dia de sua derrubada. A destituição de Vásquez não chegou a ocorrer porque o Poder Judiciário declarou a ordem de Zelaya como "ilegal".