| 24/07/2009 08h58min
A Secretaria Nacional de Defesa Civil informou nessa quinta, dia 23, que devem ser liberados na próxima semana os R$ 40 milhões prometidos pela União para auxiliar os 279 municípios gaúchos que decretaram situação de emergência em razão de prejuízos causados pela seca.
De acordo com o órgão, os recursos deveriam ter sido transferidos esta semana para o Rio Grande do Sul. Não foram enviados ainda porque a Defesa Civil gaúcha precisou adequar o plano de trabalho conforme novo enquadramento estabelecido no convênio com a União.
O coordenador regional da Defesa Civil do Estado, major Luis Fernando Santos Carlos, afirma que as modificações já foram feitas, e os papéis reencaminhados a Brasília. Após o repasse dos recursos, o governo gaúcho fará uma licitação conjunta para a compra de retroescavadeiras e materiais para a construção de redes de água, conforme demandas dos municípios.
– A nossa intenção é entregar os equipamentos aos municípios até a primeira quinzena de setembro – avisa Carlos.
O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Marcus Vinícius Vieira de Almeida, diz que gostaria de acreditar nas promessas, mas, segundo ele, episódios anteriores mostram que os prefeitos devem ser céticos quanto a promessas de prazos para liberação de recursos.
– A União é carregada de burocracia. Não arrisco data – diz Almeida, que espera, pelo menos, a entrega dos equipamentos até o final do ano.
Dos 279 municípios incluídos no auxílio emergencial, 181 receberão retroescavadeiras e 98 optaram por melhorias no abastecimento. Em Erval Seco, no norte gaúcho, a prioridade é a construção de três redes de água, a um custo de R$ 150 mil, explica o prefeito Gilmar Leschewitz (PT). No noroeste do Estado, São Luiz Gonzaga preferiu uma retroescavadeira. O secretário de Administração do município, Milton Nei Amaral, esclarece que as máquinas serão utilizadas na construção de reservatórios de água na zona rural.
ZERO HORA