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 | 22/07/2009 14h38min

Crédito do BNDES para frigoríficos será atrelado a regras socioambientais

Medida vai valer para toda a cadeia de fornecedores da carne

Atualizada às 20h16min

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) elaborou uma série de diretrizes socioambientais que deverão ser seguidas pelas empresas frigoríficas e toda sua cadeia de fornecedores para que obtenham financiamento.

– O BNDES busca induzir o processo firme e decisivo de regularização da pecuária brasileira com foco na Amazônia, que esperamos se estenda a todo território brasileiro – afirmou o presidente do banco, Luciano Coutinho.
 
A ação do BNDES é integrada ao Ministério do Meio Ambiente e ao de Agricultura, Pecuária e Abastecimento na tentativa de impedir o desmatamento da Amazônia pelos criadores de gado. Para liberar crédito a esse grupo de empresas, o banco ampliou as exigências já feitas nos contratos assinados anteriormente e estendeu as cobranças a todos os participantes dessa cadeia produtiva.

– Queremos chegar ao desmatamento zero – enfatizou Coutinho, sem determinar o prazo para que essa meta seja atingida. 
 
Além das exigências fixadas nos contratos já assinados, o BNDES está impondo que os frigoríficos desenvolvam planos de desenvolvimento socioambiental, que implementem um sistema de rastreabiliade, que exijam a regularidade socioambiental de toda cadeia de fornecedores e que se submetam a uma auditoria independente para comprovação de atendimento às diretrizes do banco.
 
Além de cumprir as exigências já feitas em contratos firmados desde o ano passado, como licenciamento ambiental, regularidade fundiária e não constar na lista suja do Ministério do Trabalho e Emprego, o frigorífico que pretenda obter crédito do BNDES deverá apresentar as certificações ISO 14.000 (gestão ambiental), SA 8.000 e NBR 16001 (responsabilidade social) e OHSAS 18000 (saúde e segurança do trabalho).
 
Os frigoríficos terão um prazo para implementar o sistema de rastreabilidade do rebanho. Até 2016, todos os animais abatidos deverão ter sido rastreados desde o nascimento até o abate. A fiscalização ficará por conta do Ministério da Agricultura. O software usado no rastreamento poderá ser proposto pelo frigorífico, que deverá submeter a sua aprovação ao ministério.

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