| 21/07/2009 09h34min
A 39 dias do início da Expointer, o clima entre produtores e entidades setoriais é de confiança, apesar da estiagem que atingiu algumas regiões e dos efeitos da crise mundial.
Dois sinais positivos: pela primeira vez, há uma lista de espera com mais de 30 indústrias interessadas em expor no setor de máquinas e, ainda, o número de animais inscritos se manteve estável, com 6.146 cadastrados, quatro a mais do que no ano passado.
Movem a boa expectativa a valorização das commodities e o melhor acesso às linhas de crédito para a agricultura e a pecuária.
– Ao contrário do ano passado, existe crédito disponível – justifica o presidente da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto.
Trinta e um fabricantes de máquinas e equipamentos esperam uma vaga para a Expointer, que ocorre de 29 de agosto a 6 de setembro. A lista à espera de uma desistência tem sido comum, mas pela primeira vez há tanta. Nesta edição, 114 empresas do setor alugaram um espaço para participar no Parque de Exposições de Esteio, 11 a mais do que no ano passado.
– O parque é o limite do nosso crescimento. Temos um interesse 30% superior à nossa capacidade – diz Rodrigo Rancheski, secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos do Estado (Simers).
Com fôlego novo a partir da criação em 2008 do Mais Alimentos, programa do governo federal de incentivo para a compra de tratores pelos agricultores familiares, com linhas de crédito específicas a juros baixos, o segmento aproveita.
– Com a flexibilização do crédito, teremos um princípio da retomada dos negócios no setor – afirma Claudio Bier, presidente do Simers.
Entre as raças que cresceram em participação estão o gado holandês e os cavalos crioulos. A presença das vacas leiteiras de 205 para 259, aumento de 26,34%. Para o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Estado, José Ernesto Ferreira, a alta é consequência da criação do Circuito Exceleite em 2008 – competição de produção leiteira e morfológica que se encerra na Expointer. O crescimento de 18,77% na participação dos cavalos crioulos é atribuído ao encerramento em Esteio de sete seletivas da raça, a principal o Freio de Ouro.
Entre as raças que encolheram ovinos texel (-13,43%). Segundo Enio Müller, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Texel, a redução se deve aos efeitos da estiagem, que retardaram o engorde dos animais.
ZERO HORA