Viviane Cardoso | Brasília (DF)

Mesmo sendo zona livre de aftosa sem vacinação, Santa Catarina não consegue vender carne suína para o Japão. O país é signatário da Organização Internacional de Saúde Animal, então poderia importar o produto do Estado, que é o principal criador de suínos do Brasil. Entretanto, os japoneses não reconhecem essa condição do rebanho catarinense e trata igual a dos outros Estados.

Esse é apenas um dos impasses para os quais os diplomatas brasileiros precisam estar preparados. Por isso, o governo federal quer investir mais em missões comerciais no Exterior. Uma das primeiras ações é capacitar os diplomatas brasileiros para promover e negociar os produtos nacionais em outros países.

Na primeira edição do Programa de Imersão no Agronegócio, que terminou nesta sexta, dia 17, em Brasilia, 24 representantes do país no exterior percorreram cinco Estados para conhecer de perto a realidade da agropecuária brasileira.

Eles acompanharam todo o processo, desde a produção, fiscalização e certificação de carne, café, frutas e produtos lácteos. Para os diplomatas, o resultado foi positivo.

— Nós, diplomatas, temos basicamente três funções, promover, defender e negociar os produtos brasileiros — disse o ministro conselheiro da Embaixada do Brasil nos Emirados Árabes, Arthur Nogueira.

O programa do Ministério da Agricultura, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores deve estimular os investimentos nas missões comerciais no Exterior. No ano que vem, o governo pretende também trazer representantes internacionais para conhecer de perto o agronegócio brasileiro.

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