| 16/07/2009 11h08min
Com a crise política que afeta a Argentina, o setor produtivo brasileiro deve ganhar o espaço do país vizinho nas exportações de carne bovina. A opinião é do presidente do Conselho do Fórum Permanente da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira. Representantes do setor da carne na Argentina que visitam o Brasil afirmam que a situação está longe de ser resolvida.
As restrições para os embarques argentinos de carne bovina estão prorrogadas até o dia 31 de dezembro. O país pode vender ao mercado externo cerca de 500 mil toneladas do produto por ano. Antes das barreiras, o país exportava pouco mais de um milhão de toneladas anuais.
O líder da missão argentina que visita o Brasil afirma que o país está estimulando a venda da carne no mercado interno. Para o consumidor, os preços caem, mas a medida prejudica os exportadores.
Além disso, a Sociedade Rural Argentina afirma que o país pode precisar importar carne. Essa seria única forma de abastecer o grande mercado interno.
Os argentinos são os maiores consumidores de carne bovina do mundo. O consumo anual no país é de 68 quilos por habitante ano.
Para o presidente do Fórum de Pecuária de Corte da CNA, o Brasil deve se beneficiar com o problema do país vizinho. Antenor Nogueira acredita que os países que tradicionalmente compravam o produto da Argentina vão procurar outros mercados.
Esta semana, o setor agropecuário da Argentina se reúne com a presidente Cristina Kirchner para discutir saídas para a guerra política que o setor enfrenta com o governo. Mas para o líder da missão que visita o Brasil, o encontro não deve trazer resultados.