| 08/07/2009 14h42min
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta quarta, dia 8, que o controle da gripe A (H1N1) no Rio Grande do Sul será reforçado com o apoio das Forças Armadas e da Polícia Rodoviária Federal. O Estado registrou, no final de junho, a primeira morte provocada pela doença em todo o Brasil.
— O momento é de tranquilidade. O Ministério está dando todo o apoio às secretarias de saúde e às prefeituras do Rio Grande do Sul — disse Temporão.
O ministro anunciou ainda um projeto de comunicação, ainda em estudo, voltado especificamente para caminhoneiros que cruzam a fronteira do Estado com a Argentina.
Ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados, Temporão garantiu que a estratégia do governo é continuar combatendo o vírus da doença. Ele admitiu entretanto que – diante de mais 900 casos confirmados, do período de férias escolares e da chegada do inverno – a prioridade será informar a população e preparar a rede de saúde para atender as vítimas.
— Houve muita crítica quando eu recomendei que as pessoas evitassem viajar, mas a realidade mostra que aquela conduta foi prudente — acrescentou.
Sobre a decisão da pasta de divulgar apenas boletins semanais com dados sobre a doença, Temporão negou que a estratégia seja diminuir a transparência sobre os casos confirmados. Segundo ele, a elaboração de um boletim diário demanda “um esforço muito grande” de técnicos e profissionais de saúde que precisam ser liberados para atuar em outras áreas.
— É uma questão de racionalidade. Não vai reduzir em nada a transparência — afirmou Temporão.
A respeito do cancelamento da partida entre Brasil e Argentina pelas eliminatórias da Copa do Mundo 2010 – marcada para setembro no país vizinho – o ministro lembrou que a orientação da pasta em relação a viagens prioriza apenas pessoas em situação de vulnerabilidade, como crianças muito pequenas, mulheres grávidas, idosos e pacientes com doenças crônicas pré-existentes.
— Se a avaliação conjunta for pelo cancelamento ou pela transferência, tudo bem, mas não há uma questão de saúde pública envolvida — concluiu José Gomes Temporão.
AGÊNCIA BRASIL