| 04/07/2009 09h30min
O Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Correa da Costa Dias, acordou com a empresa Diplomata Industrial e Comercial a retomada dos abates de aves para a primeira quinzena de outubro. Segundo o acordo celebrado no último dia 27, a empresa assegurou a retomada imediata dos trabalhos.
De acordo com o entendimento construído entre o governo do Estado, indústria, produtores e Banco do Brasil, as visitas de avaliação e diagnóstico das granjas integradas começaram nesta segunda, dia 29, e o início do alojamento das aves ocorrerá dia 21 de agosto. Já os abates, na primeira quinzena de outubro, inicialmente na ordem de 30 mil aves dia.
As discussões sobre a retomada da indústria, conduzidas pelo governo de André Puccinelli, por meio da secretária Tereza Cristina, tiveram início em dezembro do ano passado quando a mesma paralisou suas atividades. O entendimento acordado, sem nenhuma ressalva, assegura a retomada das atividades dos integrados, estimados em 160 pequenos produtores, e geração de 400 empregos.
Quanto aos débitos dos produtores junto ao Banco do Brasil, assumidos para adequação técnica das granjas, também ficou acordando que a instituição credora chamará os produtores, em suas respectivas agências, para o início das negociações dos débitos.
O superintendente industrial do Diplomata, Genézio Ricardo Garbin, enfatizou que a retomada das atividades, estabelecida sem pontos condicionantes, seguirá seu cronograma previsto. Também destacou o empenho do Estado em estruturar a cadeia produtiva da avicultura, o fomento a geração de empregos e industrialização do Estado.
— Os compromissos serão assumidos independente da posição fiscal do setor — afirmou Garbin.
No entanto, ele espera que em breve o setor também possa contar com incentivos adequados a sua realidade comercial, tornando a avicultura do Estado ainda mais competitiva.
Segundo a secretária Tereza Cristina Correa da Costa, o governo esteve ao lado dos produtores, manteve contanto constante com a indústria e reivindicará junto ao Banco do Brasil e demais credores, a prorrogação das dívidas dos integrados junto ao Pronaf e FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste).
— Os produtores não deixaram de pagar suas dívidas por vontade própria — salienta a secretária.
Quanto ao acordo, Tereza acredita que produtores e indústria finalmente encontraram uma alternativa para que as atividades sejam retomas e os empregos possam ser garantidos. E acredita que a partir do retomada das atividades, integrados e indústria possam investir significativamente em melhoria tecnológica, manejo e profissionalização.
— Nosso esforço é que as atividades voltem à normalidade o quanto antes — conclui Tereza.
AGÊNCIA SAFRAS