| 01/07/2009 19h03min
Parlamentares e setor agropecuário aguardavam com expectativa os votos agrícolas aprovados nesta terça, dia 30, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A medida mais importante pode ajudar agricultores a conseguir novos empréstimos para a próxima safra agrícola. No último ano, cerca de 30 mil produtores não conseguiram financiamentos porque foram considerados de alto risco.
Dos seis votos aprovados pelo Conselho Monetário para a área agrícola, um beneficia diretamente as cooperativas agropecuárias. A partir de agora, 12% dos depósitos à vista nos bancos serão direcionados para empréstimos de custeio e investimento do cooperativismo.
Um dos votos que estavam sendo mais aguardados pelo setor é o que dá aos bancos o direito de fazer a reclassificação de riscos para a tomada de empréstimos. Agora, com essa medida, produtores rurais e cooperativas agropecuárias vão poder financiar a próxima safra de verão.
Para deputado federal Luís Carlos Heinze (PP-RS), da bancada ruralista, a decisão do governo pode ajudar 30 mil produtores rurais que, no ano passado, não puderam acessar novos financiamentos por terem renegociado as dívidas agrícolas.
— Centenas de produtores de todo o Brasil estavam atrapalhados e não conseguiram financiar a safra do ano passado em função de não poderem pagar as parcelas dos custeios alongados por exemplo, então, eles tiveram que prorrogar e consequentemente ficaram fora dos financiamentos. Desta forma, essa reclassificação dos riscos que nós vínhamos perseguindo desde o ano passado agora possibilita que os agentes financeiros possam classificar esses produtores num risco menor e dessa forma acessarem ao crédito — disse Heinze.
Outro voto do Conselho prorrogou a data para o pagamento dos débitos da Dívida Ativa da União, que antes poderiam ser repactuados até junho e agora têm prazo até o fim de setembro. O setor quer adiar o pagamento de outras dívidas que não estavam nessa prorrogação.
— O que nós ainda estamos buscando são operações de Pesa, Securitização, Recoop, Prodecer operações que também venceram nesse 30 de junho estão fora do processo. Hoje, até que possa existir uma situação de adequação desses produtores, na própria medida da dívida ativa, eles estão fora. Então, estamos estudando com o Ministério da Agricultura quem sabe até uma Medida Provisória que venha atender — acrescentou Heinze.
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