| 30/06/2009 16h28min
Começa nesta quarta, dia 1º, o vazio sanitário da soja em Mato Grosso do Sul. A medida, que proíbe o plantio do grão durante três meses, é adotada para minimizar a incidência da ferrugem asiática, doença que compromete o potencial produtivo das plantas e é considerada a maior ameaça à sojicultura nacional.
Pelo terceiro ano seguido agricultores de Mato Grosso do Sul terão que cumprir o período de vazio sanitário da soja. Entre os dias 1º de julho e 30 de setembro o cultivo do grão estará proibido em todo o Estado. A determinação é considerada essencial para reduzir os índices de ferrugem asiática nas lavouras.
O agricultor Clóvis Desconsi irá plantar 800 hectares de soja na próxima safra. Ele reconhece a importância da medida e garante que mais uma vez irá seguir à risca a recomendação.
– É importante cumprir o vazio, que é uma ferramenta que realmente faz diferença na hora de proteger a lavoura – diz Desconsi.
Para garantir o cumprimento do vazio sanitário a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) irá fiscalizar as áreas destinadas ao plantio de soja. No ano passado foram monitorados pouco mais de 1 milhão de hectares em 58 municípios. Agora a meta é ampliar esta cobertura para pelo menos 1,3 milhão de hectares.
Em 2008 foram aplicadas 383 multas durante as inspeções. O objetivo é reduzir este número, o que mostrará uma conscientização cada vez maior do produtor rural. Desde a instituição do vazio sanitário como ferramenta de combate à ferrugem, os resultados são positivos. Na safra 2006/2007 foram registrados 613 focos da doença em Mato Grosso do Sul. Já na safra seguinte, no primeiro ano da medida, o número caiu para 538 focos. Na última safra nova redução: apenas 233 ocorrências de ferrugem foram registradas em todo o Estado.