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 | 23/06/2009 12h27min

Representante da Abiec vê interferência indevida do MP do Pará

Giannetti da Fonseca diz que órgão agiu inspirado pelo Greenpeace

Na opinião do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Roberto Giannetti da Fonseca, as recentes ações do Ministério Público do Pará em relação aos produtores de carne do Estado incorreram em "transgressões do direito privado das empresas" e foram tomadas por "inspiração do Greenpeace".

Conforme informou Giannetti, o Frigorífico Bertin, que funciona no Estado e comercializa carne de cerca de 2,3 mil fornecedores, teve sua lista de compradores apropriada pelo Ministério Público, que acabou enviando uma carta a esses clientes, avisando que tais empresas seriam denunciados por co-responsabilidade de crime ambiental se comprassem carnes do Frigorífico Bertin.

Para Giannetti, não existia motivo para essa ação, visto que nenhum dos produtores de carne que fornecem para o Bertin sofreu embargo por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ele reconheceu, porém, que algumas das fazendas paraenses, que abrigam 17 milhões de cabeças de gado, têm irregularidades e já sofreram autuações, mas não punição definitiva, e que isso não ocorre com a totalidade das fazendas.

– Agora, ninguém mais está vendendo carnes e quem sofre também é o consumidor. Na minha avaliação, houve uma quebra do direito privado e também uma quebra de sigilo fiscal dessas empresas. O MP não agiu de modo próprio, mas inspirado pelo Greenpeace – reclamou o expositor, perante os senadores da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).

 

AGÊNCIA SAFRAS

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