| 08/06/2009 09h58min
Os Estados Unidos estão começando a reconhecer a importância do etanol do Brasil. A opinião é de Joel Velasco, representante da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) no mercado americano. Velasco reconhece que ainda há desafios, mas avalia que o trabalho do setor junto aos norte-americanos dá resultados. Ele acredita ainda que o Brasil vai ser beneficiado com as novas tecnologias para o etanol.
Segundo o especialista, uma das barreiras que o Brasil está vencendo é a tarifa contra o etanol de cana. O combustível paga US$ 0,54 por galão para entrar no mercado americano, que privilegia a produção do etanol a partir do milho. Para o representante da Unica, produtores e políticos americanos já reconhecem que manter a tarifa vai ser difícil.
– A tarifa expira no final de 2010. Ou seja, se o Congresso não renovar, ela morre. O próprio senador-chave nessa questão já fala que os brasileiros estão aqui, já vai dar pano pra manga para derrubar essa tarifa. Então, acho que isso já é meio gol marcado – afirmou Velasco.
Segundo ele, também existe um reconhecimento de parte dos americanos de que o etanol de cana-de-açúcar é mais eficaz do ponto de vista ambiental. Para Joel Velasco, nos Estados Unidos posta ainda que o Brasil vai ter novas oportunidades de negócio com o desenvolvimento de novas tecnologias, como o etanol celulósico.
– O Brasil vai estar participando disso. Eu quero estar lá no primeiro momento em que a primeira usina brasileira começar a produzir isso porque, talvez, não vai vender aqui no Brasil, vai vender em outros países que estão incentivando isso, mas vai ter um prêmio para isso e acho muito importante para qualquer investidor pensar no celulósico – aposta o especialista.