A indústria de São Paulo deve encerrar este ano com queda na atividade em comparação com o ano passado. De acordo com a Fiesp, na melhor das hipóteses, a redução deve ser de 5%. Nos quatro primeiros meses de 2009, o indicador registrou o pior resultado desde 2003. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou que as importações ameaçam a produção nacional, e a crise também atingiu mais da metade das empresas exportadoras do país.

Se as expectativas da Fiesp forem confirmadas, a queda de 5% na atividade industrial paulista vai ser o pior resultado desde que o indicador começou a ser medido, em 2000. O pior cenário não foi divulgado pela federação.

Entre janeiro e abril deste ano, o setor registrou redução de 14,6% na atividade em comparação com o mesmo período no ano passado. Foi o pior resultado desde 2003.

Nessa quinta-feira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) demonstrou preocupação com os rumos do setor. Para os economistas, o principal problema está na competição com os produtos importados.

De acordo com a CNI, boa parte do empresariado espera aumento da concorrência com os produtos estrangeiros ao longo do ano. Entre as exportadoras, a confederação revelou que mais da metade teve de mudar a estratégia de vendas por causa da crise. Entre as alternativas, estão a busca por novos mercados e redução de preços e margens de lucro.