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 | 27/05/2009 08h48min

Futuro da GM deixa mercado em expectativa

Governo dos EUA deverá ter 70% da empresa em caso de concordata

Os mercados financeiros de todo o mundo abrem nesta quarta, dia 27, na expectativa da definição do futuro da General Motors (GM). A montadora deverá detalhar o resultado das negociações com credores para trocar títulos da dívida, no valor de US$ 27 bilhões, por participação acionária na companhia. Caso não consiga a adesão de 90% deles, a decretação da concordata é praticamente certa.

Diante da confirmação da concordata, uma nova empresa seria formada com 70% do controle pertencente ao governo dos Estados Unidos. O poder público norte-americano injetaria mais US$ 50 bilhões para que a principal montadora do país se reorganize, de acordo com o jornal The New York Times.

Com a concordata, a empresa reconhece a incapacidade de pagar suas dívidas e recebe um prazo (que pode ser de 60 dias) para que possa reorganizar suas contas e atender a seus credores. Apesar da crise na matriz, as operações da GM no Brasil são avaliadas como lucrativas.

Inicialmente, especulava-se que os EUA ficariam com pouco mais de 50% das ações da empresa que deverá emergir após o processo de concordata, mas o governo decidiu por uma participação maior devido ao tamanho do investimento. Contando os US$ 19,4 bilhões que o governo colocou na empresa desde o fim do ano passado, o investimento somará cerca de 0,5% do PIB dos EUA, a maior economia mundial.

De acordo com pessoas envolvidas nas negociações, o Tesouro americano pretende criar uma nova versão da GM, que inclui alguns dos seus ativos mais atraentes, como as marcas Chevrolet, Cadillac e parte das suas operações no exterior. O restante da montadora deverá ser vendido ou liquidado.

Caso o plano se confirme, além da participação na GM, os EUA terão, em parceria com o governo canadense, 10% da Chrysler - quando ela sair do processo de concordata, o que poderá acontecer já na semana que vem, segundo a rede de TV CNBC. A Chrsyler será comandada pela Fiat, que terá 20% de participação na montadora.

Outra participação na nova GM ficará com o sindicato dos funcionários. Em acerto ontem, a entidade concordou receber 17,5% das ações da futura empresa em troca de metade da dívida de US$ 20 bilhões que a montadora tem com o fundo que cuida dos planos de saúde dos funcionários.

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