| 06/05/2009 15h17min
O secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, qualificou de "inexplicável" e "exagerada" a decisão da Rússia e da China de bloquear as importações de carne suína e derivados em consequência da doença inicialmente chamada de gripe suína e depois rebatizada como gripe A (H1N1).
Apesar do nome, a gripe não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.
– Parece que estas medidas são exageradas, baseadas em uma percepção extrema dos fatos que não corresponde, pelo menos, ao que hoje conhecemos – disse o responsável da OCDE.
Após uma entrevista coletiva conjunta com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), Jacques Diouf, Gurría disse que a Organização Mundial da Saúde (OMS) só recomendou "precaução".
Diouf disse que o DNA da gripe suína é "aviário, humano e suíno".
– Até hoje, a transmissão (da gripe) é de ser humano para ser humano – sem episódios entre porcos, acrescentou Diouf, que disse que não se pode "descartar nada", mas que "não há provas" de que seja transmitida de homem a homem.
Pesquisadores reforçam que não há qualquer indício de que consumo de carne suína possa provocar contaminação
Foto:
Dave Hunt, EFE