| 04/04/2009 10h40min
O Brasil usará US$ 10 bilhões de suas reservas para emprestar ao Fundo Monetário Internacional (FMI), dentro do esforço global de recuperação das economias anunciado na véspera pela cúpula do G-20, em Londres, revela reportagem do jornal O Globo neste sábado. O montante representa 5% do total das reservas brasileiras, hoje em US$ 202 bilhões.
O volume equivale a duas vezes a atual participação do Brasil no Fundo. Isso porque as cotas que pertencem ao governo brasileiro no FMI equivalem hoje a US$ 4,5 bilhões. No entanto, o aumento efetivo da cota — que reflete o poder de voz e veto na instituição — só será definido em janeiro de 2011, em assembleia de todas as nações-membros. O empréstimo indicaria as pretensões do governo brasileiro nesta negociação.
A história do Brasil e FMI foi marcada por rompimentos e moratórias. A última vez em que o país sacou recursos do FMI foi em 2002, num momento de turbulência pré-eleitoral, quando o banco de investimento Goldman Sachs
chegou a criar o
"lulômetro". O total emprestado pelo Brasil é, proporcionalmente, maior que o da China, que vai desembolsar US$ 40 bilhões, ou 2% das reservas. A União Europeia cederá US$ 100 bilhões.
Lula disse que participação do Brasil na ajuda ao FMI é "chique"
Foto:
Ricardo Stuckert, Presidência