| 26/02/2009 10h58min
Milhares de trabalhadores da Opel fizeram uma manifestação nesta quinta-feira em defesa de seus postos de trabalho, dentro de um dia de mobilização europeia à qual se uniu, na Alemanha, o vice-chanceler Frank-Walter Steinmeier.
— A Opel não é só carros. A Opel não é só fábricas. A Opel não é só gerência. A Opel é pessoas que a cada amanhã querem trabalhar. E, por isso, a Opel deve viver —disse aos trabalhadores Steinmeier, ministro de Assuntos Exteriores e candidato social-democrata à Chancelaria nas eleições gerais de setembro.
A matriz americana da Opel, a General Motors, anunciou na semana passada que, para fazer frente à crise que a colocou à beira da quebra, eliminará 57 mil postos de trabalho, mais da metade fora dos Estados Unidos.
A Opel tem quatro unidades na Alemanha que empregam cerca de 25 mil trabalhadores, além de fábricas na Espanha, Reino Unido, Polônia e Bélgica.
O anúncio da General Motors, que foi acompanhado
da ameaça de fechamento de algumas unidades,
afeta os trabalhadores da Opel, da britânica Vauxhall e da sueca Saab, que já apresentou declaração de insolvência.
O governo alemão estaria disposto a conceder à Opel não só avais, mas também um crédito, se a companhia apresentar um plano de viabilidade aceitável, o que ainda não fez.
Uma das condições para qualquer tipo de ajuda é que a Opel fique completamente desligada da casa matriz General Motors.
A Opel tem quatro unidades na Alemanha que empregam cerca de 25 mil trabalhadores
Foto:
Michael Probst, AP