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 | 25/02/2009 22h33min

Metropolitano bate Chapecoense e lidera returno do Catarinense

Time de Blumenau venceu partida, de virada, por 2 a 1, no Sesi

Paola Loewe  |  paola.loewe@santa.com.br

Um dia após o Carnaval, foi uma versão de um famoso samba-enredo que deu o tom na vitória do Metropolitano sobre a Chapecoense, por 2 a 1:

— Explode coração, na maior felicidade, é lindo meu Metrô, contagiando e sacudindo essa cidade.

Sim, essa cidade chamada Blumenau. Após 100 dias de espera, o Metropolitano voltou ao Estádio do Sesi, sua verdadeira casa. Mas, na noite desta quarta, voltar não era suficiente. Era preciso ganhar — a última vitória ali havia sido em 11 de abril de 2007, pelo Estadual daquele ano.

Foi o que fez o novo time de Luiz Carlos Barbieri, que se manteve na liderança do returno do Campeonato Catarinense e está cada vez mais perto de deixar a zona de rebaixamento na classificação geral. Está empatado em 10 pontos com o Marcílio Dias, mas segue atrás no número de vitórias (3 a 2).

Quem deixou de ir ao Sesi e torce pelo Metrô, vai acordar arrependido. Aqueles que se esforçaram para estar lá soltaram um grito que parecia tímido quando ecoado em campos como os de Timbó e Jaraguá do Sul, embora tenham servido de casa durante o turno. Ao bater no peito, o torcedor parecia dizer: estou em casa.

— Eu já estava agoniado para vir ao Sesi. Agora o campeonato vai começar de verdade — disse o torcedor Erick Thomsen, 24 anos.

Ele trabalha como representante comercial e se deu o direito de folgar. Nem todos puderam fazer o mesmo e tiveram de se esforçar para chegar cedo ao estádio. Valeu nem passar em casa após o trabalho ou sair mais cedo da faculdade.

Poucos deram bola para as filas, que uma hora antes da partida já eram longas em frente ao portão de entrada.

O jogo

A festa que começou com a entrada do time em campo e só esfriou com o gol de Anelka, de cabeça, abrindo o placar para a Chapecoense aos 8 minutos de jogo. Se a torcida ficou quieta, o time acordou. E tratou de dar início a uma explosão nas arquibancadas. Acerola, que até os 19 minutos estava no banco e longe dos olhares do torcedor, entrou após a lesão de Doriva e foi o primeiro a ter o nome gritado com força.

— Uh, é Acerola! Uh, é Acerola.

E foi merecido. Aos 24, o atacante recebeu de Edimar na área e ainda viu a bola tocar no goleiro Nivaldo antes de entrar. O 1 a 1 já estava desenhado e parecia justo para o primeiro tempo. Mas aí Marcos Alexandre levou o Sesi à loucura. Aos 37, a defesa da Chapecoense parou, pedindo impedimento. Ele não. Com categoria, estava marcado o gol da vitória do Metropolitano, a primeira em casa em 2009.

Com o Sesi lotado em êxtase, estava aniquilado todo e qualquer jejum de vitória que insistia em perseguir o clube nos últimos tempos.

As expulsões do meia Barbieri (mais uma vez improvisado na lateral-direita) e do volante Fabinho (esta bem no fim do jogo) deixaram o jogo ainda mais tenso no segundo tempo, quando a Chapecoense de Mauro Ovelha ainda teve um gol anulado.

Uma emoção a mais para as cerca de 4 mil pessoas presentes, que tanto esperaram para ver o time jogar, de fato, em casa. A tragédia de novembro, que atingiu o Sesi e impediu o Verdão de atuar em Blumenau no turno, parece ter levado a urucubaca que os próprios jogadores diziam existir no Sesi.

Gols: Anelka (C), aos 8, Acerola (M), aos 24, e Marcos Alexandre (M), aos 47 minutos do primeiro tempo.
Cartões Vermelhos: Barbieri e Fabinho (M).
Cartões Amarelos: Anelka e Cadú (C); Barbieri, Marcos Alexandre, Fabinho e Ricardo Lobo (M).
Árbitro: José Acácio da Rocha.
Local: Estádio do Sesi, em Blumenau.
METROPOLITANO (2) CHAPECOENSE (1)
João Paulo; Barbieri, Fabinho, Paulão, Fábio Fidélis; Luiz Henrique, Marcos Alexandre, Doriva (Acerola), Edimar (Luiz Eduardo); Cristiano e Ricardo Lobo (Lucas).
Técnico: Luiz Carlos Barbieri
Nivaldo; Anelka (Rafael Ribeiro), Morisco, Anderson Lima; Thoni, Sílvio Bido (Paulo Renato), Cadú (Rômulo), Neném, Badé; Beá e Bruno Cazarine.
Técnico: Mauro Ovelha

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