| 19/02/2009 15h21min
O setor de máquinas e equipamentos registrou queda de 30% em seu faturamento no mês de janeiro de 2009 em comparação com o mesmo mês de 2008.
O quadro de pessoal do setor também sofreu forte diminuição. Em dezembro de 2008, ante novembro, houve redução de 2,1% - a maior queda desde dezembro de 1998.
Os dados divulgados nesta quinta, dia 19, são da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
De acordo com a entidade, se o resultado de janeiro se repetir nos meses de fevereiro e março, o setor poderá perder 50 mil postos de trabalho ainda no primeiro semestre deste ano.
O presidente Luiz Aubert começou a falar dos números num tom, no mínimo, preocupante:
– É assustador – disse.
Em faturamento o setor perdeu, de dezembro pra janeiro, de R$ 6,2 bilhões no último mês do ano passado, para R$ 3,8 bilhões no primeiro mês deste ano. Comparando com janeiro de 2008, a queda chegou perto dos 35%.
Entre os setores, o único que teve desempenho positivo foi o de válvulas, que cresceu 17%. O pior foi o de máquinas e ferramentas, um dos mais fortes e tradicionais, que perdeu quase 60% no faturamento.
Nas exportações, a novidade foi a mudança de destino dos produtos. A Argentina passou os Estados Unidos e agora é o principal comprador de máquinas e equipamentos do Brasil.
– Estes números mostram claramente que o investimento parou no Brasil. Então, você tem que tomar medidas para que o investimento seja retomado. Pra que esta engrenagem volte a girar. E o que é que você tem que fazer? Desoneração do investimento é uma delas. Segundo: o custo do crédito ainda está muito caro. O spread está altíssimo. O dinheiro, o oxigênio que a gente precisa pro capital de giro está chegando, melhorou um pouco, mais ainda está muito caro – avaliou Luiz Aubert.
Se queda persistir em feveireiro e março, desemprego poderá atingir 50 mil postos de trabalho
Foto:
Arivaldo Chaves