| 17/02/2009 18h29min
Na cerimônia de posse de Berfran Rosado na Secretaria do Meio Ambiente, o professor Carlos Crusius, marido da governadora Yeda Crusius, era um dos tucanos que mais aparentavam abalo com a morte de Marcelo Cavalcante. No texto de uma nota redigida por ele sobre o fato, Crusius faz relação entre o possível suicídio de Cavalcante com as gravações que envolviam seu nome, divulgadas na CPI do Detran.
Crusius afirmou que "a máquina de destruir reputações da oposição divulgou trechos de gravações que a rigor não diziam absolutamente nada, mas que serviam aos abutres da CPI do Detran".
Marcelo Cavalcante, ex-chefe da representação do governo do Estado em Brasília, estava desaparecido desde sábado. O corpo foi encontrado na manhã desta terça-feira, no Lago Paranoá, na capital federal. O enterro será realizado amanhã, em Brasília.
O relator da comissão, deputado Adilson Troca, do PSDB, confirma que a exposição de Marcelo pode ter trazido
consequências graves:
— Tenho certeza que ele
não tinha nenhum tipo de envolvimento e ele pagou um preço muito alto por seu nome ser colocado. Isso mexe com a estrutura da pessoa. Se isso contribuiu para o suicídio dele a gente lastima, pois nós confiávamos nele, porque ele é uma pessoa trabalhadora, honesta e contribuiu muito para o PSDB do Rio Grande do Sul.
Já o deputado petista Fabiano Pereira, presidente da CPI do Detran, classificou a nota de Carlos Crusius de inconsequente:
— Acho lamentável esse tipo de comentário, inclusive é um desrespeito com a família da vítima, que merece todo nosso respeito e as nossas condolências. Esse assunto tem que ser tratado de forma muito séria, sem precipitações. Certamente a polícia está apurando o que aconteceu, se foi suicídio ou algo diferente.