| 17/02/2009 09h03min
O deputado federal Cláudio Diaz (PSDB-RS) comentou na manhã desta terça-feira, no programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, sobre a morte do seu assessor Marcelo Cavalcante. O corpo foi encontrado na manhã de hoje no Lago Paranoá, em Brasília. Depois de ter trabalhado a semana inteira com seu funcionário, Diaz afirmou ter percebido que ele estava diferente de quando havia sido chefe da Representação do Governo do Rio Grande do Sul na capital federal.
— Não tive oportunidade de conversar. Quando o Marcelo me procurou para iniciarmos um trabalho, quando ele estava desempregado, ele estava muito triste, deprimido. Depois, foi avançando no seu trabalho, mas a gente notava que o Marcelo não era o mesmo Marcelo.
Cavalcante começou a trabalhar com o parlamentar há cinco ou seis meses, cerca de 30 dias depois de ser exonerado pela governadora Yeda Crusius, em junho do ano passado, no ápice do escândalo do Detran. À época, ele foi flagrado em uma escuta telefônica intermediando
uma reunião do lobista
Lair Ferst na Secretaria da Fazenda.
O assessor estava desaparecido desde sábado. Na manhã de ontem, o carro dele, um Toyota Corolla, foi localizado estacionado junto à Ponte Juscelino Kubitschek, às margens do Lago Paranoá. Perguntado sobre se poderia ter havido suicídio, Diaz respondeu:
— A gente nunca pode pensar que uma pessoa possa cometer uma coisa dessas.
Um funcionário do gabinete do deputado acompanha as investigações.
Hematoma no rosto
O cadáver estava sendo retirado do lago pela manhã, após ser encontrado às 7h. O tenente Gabriel Mota, dos bombeiros de Brasília, contou que a morte pode ter ocorrido há três dias, isto é, no último sábado. Aparentemente, não havia marcas no corpo, somente um hematoma no rosto. Uma suposição é que o machucado teria sido causado em uma suposta queda da Ponte Juscelino Kubitschek, que tem 25 metros de altura.
Viagem sem volta
A Polícia Civil da capital federal informou que
Cavalcante brigou com a mulher e saiu de casa na sexta-feira. Depois, ligou para a filha para se despedir, dizendo que faria uma "viagem sem volta". No domingo, ele teria telefonado a sua mulher, contando que iria cometer suicídio.