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 | 16/02/2009 19h03min

Indústria de fertilizantes prevê aumento nas vendas apesar da crise

Tendência de alta das commodities e redução do valor do insumo são principais estímulos

Luciane Kohlmann, Brasília (DF)

A indústria de fertilizantes espera vendas maiores em 2009. Depois de uma queda de 9% no uso dos insumos no ano passado – de 24,6 milhões de toneladas em 2007 para 22,4 milhões em 2008 – o setor projeta recuperação. A tendência de alta nos preços das commodities e a redução do valor dos fertilizantes são os principais estímulos.

A crise financeira obrigou o agricultor brasileiro a utilizar menos tecnologia no campo. Também caíram as importações, que passaram de 17,5 milhões de toneladas para 15,3 milhões.

Na primeira reunião do ano, a Câmara Temática de Insumos Agropecuários do Ministério da Agricultura fez uma avaliação positiva para este ano, apesar da desaceleração na economia.

Segundo os representantes da indústria de insumos, as vendas em janeiro deste ano mostram uma tendência de recuperação do setor. Embora os números não estejam totalmente fechados, os pedidos de compra de fertilizantes já passaram de 1,2 milhão de toneladas, volume 20% maior que o de dezembro.

Conforme a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o resultado do primeiro mês do ano é reflexo da recuperação das commodities agrícolas e da redução dos preços dos fertilizantes.

– No caso dos fertilizantes, houve uma redução média de preços, em reais, de 15%. Se compararmos os valores praticados em setembro e outubro com os de janeiro, essa queda tem muito a ver com a redução dos insumos, e só não foi maior porque o câmbio fez o caminho contrário – explica o diretor da Anda Eduardo Daher.

O presidente da Câmara de Insumos afirma que a meta para este ano é retornar aos volumes comercializados em 2007, e que o preço mais competitivo é o maior estímulo.

– Acho que faltavam fertilizantes no campo e o agricultor está repondo os estoques, aproveitando o poder de troca que está havendo em relação à soja que está colhendo e o adubo que ele pode comprar – compara Cristiano Simon.

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