| 26/08/2008 06h20min
Quatro candidatos estão na disputa pela Prefeitura de Goiânia, a capital de Goiás, uma cidade de 1,2 milhão de habitantes que não exibe uma grande produção agropecuária própria, mas que concentra toda a economia de um Estado rural.
– Quase 70% do PIB do Estado, dos 246 municípios que compõe o Estado de Goiás vem do agronegócio. E Goiânia representa a capacidade do Estado de Goiás. Portanto, para nós, ela é a capital do agronegócio, já que Goiás é um Estado eminentemente agropecuário – afirma o presidente da Federação da Agricultura de GO, José Mário Schreiner.
Uma das missões a ser cumprida pelo prefeito é reestruturar o Parque Agropecuário de Exposições em três anos, como determina o plano diretor da cidade. Mas as propostas dos candidatos para o setor rural não páram por aí.
O atual prefeito é candidato à releição. Com 74 anos, Iris Rezende é casado e tem três filhos. Formado em Direito, já esteve à frente da prefeitura entre 1966 e 1969. O representante do PMDB foi duas vezes governador de Goiás e passou pelos Ministérios da Agricultura e da Justiça. Para o setor agropecuário, ele promete seguir o trabalho que iniciou neste mandato.
– Como prefeito, eu tenho procurado dar todo apoio aqui às nossas entidades, à realização de eventos, exposições, dando nosso apoio às reivindicações dos produtores junto ao governo federal – afirma Rezende.
O deputado federal do PP, Sandes Júnior, volta a concorrer à Prefeitura de Goiânia. O advogado e radialista de 49 anos é casado e tem dois filhos. Iniciou a carreira política como vereador em 1988. Na Câmara dos Deputados está no segundo mandato. Para o candidato, Goiânia reúne toda economia agrícola do Estado e, por isso, precisa de uma estrutura mais eficaz.
– Nós temos uma proposta muito grande para Goiânia. Nós temos uma grande pecuária somente em maio e outra em outubro. Nós queremos fazer o agrobusiness em Goiânia e fazer também grandes exposições virtuais, trazendo pessoas da América Latina e todo mundo. Nós temos um projeto consistente, real – garante.
Martiniano Cavalcanti disputa pela segunda vez as eleições municipais. A primeira foi em 1996. Casado, com cinco filhos, o engenheiro civil é o atual presidente do Psol em Goiás e secretário de comunicação do partido nacional. Entre as propostas do candidato, ele destaca a geração de emprego e renda na zona rural.
– Nós pensamos que a geração de emprego deve ser basear no apoio da prefeitura para que os pequenos comerciantes, sobretudo os pequenos produtores rurais, os chacareiros, que eles tenham condições de se organizar em centas empresas coletiva para que ganhem escala, ganhem mercado e ganhem qualidade – explica Cavalcanti.
Gilvane Felipe é o único que está estreando na disputa. O historiador de 45 anos nunca participou de outras eleições. Candidato do PPS, Felipe é divorciado e tem três filhos. Já foi secretário estaduao de Ciência e Tecnologia de Goiás e superintendente do Sebrae. Entre as propostas para a agricultura, destaca o estímulo à produção de hortifrutigranjeiros.
– Nunca teve uma política organizada, estruturada, sistematizada, de estímulo a esses pequenos produtores e de apoio para que eles possam fazer chegar os seus produtos à mesa dos goianienses. Nós pretendemos inverter isso, estimulando, inclusive, a agricultura orgânica.
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