| 22/07/2008 04h33min
Para uma equipe remontada às pressas no início do ano, os números são mais do que estimulantes. Vice-líder do Brasileirão e há nove rodadas consecutivas no G-4, grupo de times que estariam garantidos na próxima Libertadores, o Grêmio é também o clube brasileiro de expressão com menos derrotas sofridas em 2008. Em 36 partidas, perdeu somente quatro vezes.
É verdade que a eliminação precoce no Gauchão e na Copa do Brasil fez com que o time disputasse menos jogos do que outros grandes clubes. Entre 9 de abril e 11 de maio, período que separa a queda na Copa do Brasil e o início do Brasileirão, o Grêmio disputou três jogos treinos. Um deles contra o Ivoti. Os outros dois adversários foram o Ypiranga, de Erechim, e o Avaí, de Florianópolis.
— Tivemos mais tempo para trabalhar, o que foi fundamental para ajustar a equipe — reconhece Pereira.
O time mantinha uma invencibilidade de 19 partidas até sofrer a primeira derrota, dia 2 de abril, em Goiânia, por
2 a 1, para o Atlético-GO, pela Copa
do Brasil. A segunda, quatro dias depois, teve a força de uma tragédia. Ao perder por 3 a 2 para o Juventude, no Olímpico, o Grêmio foi eliminado do Gauchão nas quartas-de-final.
Também vem de Pereira a receita para a manutenção da boa campanha.
— Se o time não se empolgar e seguir marcando como pequeno e atacando como grande, dá para ir longe. Neste momento, o importante é manter os pés no chão — recomenda.
Tcheco desconhecia o retrospecto. Recontratado em maio, após atuar pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita, o meia acredita que o time possa fazer uma campanha melhor do que a de 2007, mesmo tendo perdido jogadores como William, Lucas, Carlos Eduardo e Diego Souza.
— Se conseguirmos manter essa tendência de poucas derrotas no segundo semestre, poderemos brigar por uma vaga na Libertadores — confia.
Experiente, sua primeira preocupação, diante da euforia dos mais jovens com a vitória contra o Cruzeiro, foi
pedir calma e lembrar que ainda restam 25 jogos até o fim do
Brasileirão.