O governo argentino confirmou que não enviará representantes à audiência de conciliação com as entidades agropecuárias convocada para esta segunda-feira, dia 9, pelo defensor público Eduardo Mondino na busca de uma saída ao longo conflito entre as partes. Os líderes das quatro principais associações rurais do país se comprometeram a assistir à reunião, que tinha sido convocada na sexta-feira passada por Mondino.

As transportadoras de grãos mantinham nesta segunda-feira os bloqueios de estradas em diferentes pontos do país para exigir uma solução ao conflito entre o governo e o setor agropecuário por considerar insuficiente a suspensão da greve do campo.

Tanto o governo quanto as câmaras empresariais de transporte de cargas advertiram de que grupos de produtores agropecuários não aceitaram o fim da greve estabelecido pelas entidades a partir da meia-noite de domingo, dia 8.

O ministro da Justiça, Aníbal Fernández, afirmou que "há cortes em todos os lados" e que em províncias produtoras de alimentos, como Entre Ríos, Santa Fé e Córdoba, produtores impedem a passagem de caminhões carregados com cereal e gado.

O conflito com as patronais agropecuárias começou quando em março o governo argentino impôs um esquema de impostos móveis às retenções de grãos que os produtores do campo qualificam de confisco.