| 18/04/2008 07h42min
O preço do barril da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) bateu seu quarto recorde histórico consecutivo ao ser negociado na quinta-feira a US$ 107,63, US$ 0,98 a mais que no dia anterior, informou nesta sexta-feira em Viena o secretariado da organização petrolífera.
Desde o início do mês, o barril (de 159 litros) usado como referência pela Opep ficou US$ 11,88 (12,4%) mais caro. A forte alta foi similar à dos crus de referência para Europa e Estados Unidos, o Brent e o Petróleo Intermediário do Texas, respectivamente. Ainda coincidiu com uma persistente desvalorização do dólar frente ao euro e outras divisas.
A incerteza sobre a evolução da economia mundial — diante do que os analistas indicam cada vez mais com uma recessão nos EUA — impulsiona os investidores a refugiar seu capital em matérias-primas como o petróleo, o ouro e alguns alimentos. As altas desta semana também foram influenciadas pela notícia de que as reservas de petróleo armazenadas
nos Estados Unidos caíram
na semana passada 2,3 milhões de barris, para 313,7 milhões.
Estes dados surpreenderam os operadores do mercado, pois os analistas tinham previsto que essas reservas subiriam em aproximadamente um milhão de barris.
— A surpreendente redução dos estoques de petróleo nos EUA, a abrupta queda do nível das reservas armazenadas de gasolina e o baixo ritmo de utilização (das refinarias) no país, assim como o enfraquecimento do dólar, seguem determinando o mercado — assinala hoje a empresa de consultoria especializada JBC Energy.
A tensa situação provocada pela imparável alta dos preços do petróleo e seus produtos derivados marcará o 11º Fórum Internacional da Energia, na próxima semana, em Roma, onde estarão os principais responsáveis do setor em nível mundial, entre eles os ministros da Opep.