O governo federal pretende mudar a Lei do Petróleo, criada há 11 anos. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que visitou a Petrobras, disse que o país precisa arrecadar mais com as futuras explorações, segundo informações do Jornal Nacional. 

Foi a primeira visita de Lobão à Petrobras depois que assumiu o Ministério. Ele ouviu do presidente da empresa explicações sobre a área conhecida como Carioca. Na segunda-feira passada, o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) disse existir no local um campo gigante que seria o terceiro maior do mundo.

O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, disse que a conclusão é precipitada.

— Nós estamos no processo de perfuração, nossa sonda está ainda trabalhando e, portanto, nós não temos condição de confirmar volumes — declarou.

Lobão defendeu mudanças na atual legislação brasileira do petróleo que é de 1997, anterior, portanto, às recentes descobertas de grandes jazidas na área chamada de pré-sal.

Em uma imensa área que vai do Espírito Santo a Santa Catarina, com 800 quilômetros de extensão e 200 de largura, estão os grandes campos de Tupi, Júpiter e agora o Carioca.

A Petrobras perfurou até agora 15 poços e descobriu petróleo ou gás em todos eles. Para os técnicos, isso comprovaria que, nessa região, a procura por petróleo é quase um tiro certo. Uma nova realidade, com chances maiores de lucros para as empresas. Bem diferente das condições de exploração que existiam quando a Lei do Petróleo foi criada.

— O governo precisa ser melhor contemplado na partilha desses recursos naturais que pertencem ao povo brasileiro. A concessão pode ser melhorada, atualizada — disse Lobão.