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 | 27/03/2008 00h41min

Governadores argentinos pedem diálogo entre campo e presidência

Greve de produtores já completou duas semanas e provoca desabastecimento

Governadores de províncias argentinas agropecuárias encorajaram nesta quarta, dia 26, a abertura de um diálogo entre o governo e as organizações rurais para pôr fim à crise que provocou a greve do setor, que completou 14 dias.

Os apelos para a negociação foram liderados pelos dirigentes de Santa Fé e Córdoba, que estão entre os principais distritos produtores de alimentos da Argentina e onde a greve e os bloqueios de estradas são mais percebidos. A Igreja Católica local também ofereceu uma "gestão de bons ofícios" no conflito, que foi provocado pela rejeição dos produtores agropecuários ao aumento dos impostos para as exportações do campo determinado pelo Executivo.

O governador de Santa Fé, o socialista Hermes Binner, convocou dirigentes de diversas organizações agrárias de sua província a uma mesa de diálogo para apresentar propostas que contribuam para superar suas diferenças com o governo. Apesar de ser opositor, Binner mantém uma boa relação com a presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, cujos funcionários reiteraram que o Executivo não deve voltar atrás no aumento da pressão fiscal ao campo.

Já o governador de Córdoba, o peronista Juan Schiaretti, recebeu membros de grupos de produtores rurais da província, diante dos quais se comprometeu a impulsionar um diálogo com o governo "sem condições".

Por causa da greve, que teve início em 13 de março, já é notório o desabastecimento de alguns produtos básicos na capital argentina e em outras cidades.

Sergio Urribarri, governador da província de Entre Ríos, onde o protesto também conta com altos níveis de participação, manifestou desejo de que a crise seja resolvida "de uma maneira pacífica e buscando uma solução que convenha a todos".

AGÊNCIA EFE

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