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 | 18/02/2008 19h14min

Ministério intensifica fiscalização nas certificadoras de rastreabilidade

Governo quer evitar que empresas ineficientes permaneçam no sistema

Gustavo Bernardes  |  reportagem@canalrural.com.br

O Ministério da Agricultura promete rigor na fiscalização do Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), para reconquistar o mercado europeu. Além de verificar a atuação das certificadoras, responsáveis pela rastreabilidade dos animais, o governo promete cobrar dos Estados e dos pecuaristas o cumprimento das exigências dos europeus.

As empresas, responsáveis por fazer a rastreabilidade do rebanho, antes eram inspecionadas esporadicamente e agora são avaliadas por mais de 80 fiscais federais agropecuários. As próprias certificadoras defendem regras mais rigorosas, como o uso de certificados internacionais, para evitar que empresas ineficientes permaneçam no sistema de rastreabilidade.

Os pecuaristas também defendem mudanças. Para evitar que os produtores continuem pagando pela rastreabilidade sem garantias da venda da carne para o mercado europeu, as apostas são de aumento da vigilância para controlar o sistema.

O secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kruetz, prefere não procurar culpados pelas falhas na cadeia produtiva da carne bovina. Ele admite que o governo errou no passado, mas que toda a cadeia vai ter que se empenhar para que o sistema de rastreabilidade realmente funcione. Segundo ele, somente depois de atender às exigências da União Européia é que o governo vai tentar convencer os europeus a repensar um modelo mais simplificado de rastreabilidade do rebanho. Para os frigoríficos essa é a única forma de reverter a crise.

O roteiro da visita dos europeus ao Brasil vai ser definido na semana que vem. No próximo dia 25, os representantes da comissão européia vão se reunir com técnicos do governo brasileiro na Secretaria de Defesa Agropecuária para decidir que propriedades rurais vão ser visitadas.

A idéia é escolher cerca de 10 propriedades da lista de mais de quinhentas que o governo federal considerou como aptas a exportar carne para a Europa.

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