| 14/02/2008 19h38min
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que prosseguem até sexta, dia 15, as negociações com a União Européia para retomada da exportação de carne bovina in natura para os países do bloco comercial. As exportações foram interrompidas em 1º de fevereiro. Até o final das negociações, o número de fazendas em condições de atender às exigências da União Européia deverá ser definido.
Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária e da missão do Ministério das Relações Exteriores negociam, em Bruxelas (Bélgica), a vinda de nova missão do bloco para verificar as fazendas que forem escolhidas pela União Européia. Está sendo tratado, ainda, o calendário com a previsão de inclusão de novas propriedades na lista até retomar a situação anterior ao bloqueio.
O Ministério da Agricultura esclarece que a carne bovina brasileira é saudável e não representa risco sanitário. As restrições da União Européia são relacionadas à rastreabilidade, ou seja, o monitoramento do trânsito dos bois, do nascimento ao abate. Em novembro do ano passado, algumas fazendas e frigoríficos apresentaram inconformidades que foram relatadas por veterinários da União Européia, em missão oficial.
Segundo o ministro Reinhold Stephanes, a participação dos frigoríficos exportadores no processo de rastreabilidade é fundamental para garantir a segurança do sistema.
– Se não houver uma posição firme de participar deste programa, será difícil executá-lo com êxito – destacou.
Stephanes propôs que os frigoríficos fidelizem os produtores com vistas ao mercado externo.
O ministro alertou as certificadoras que atestam a idoneidade do sistema e que dão garantias para o envio de carne ao mercado exterior que novas auditorias serão realizadas. Das 71 certificadoras que operavam até o início do ano, o Ministério da Agricultura descredenciou 20.
O bloqueio da União Européia atinge a carne bovina in natura, que chegou a 194 mil toneladas para os países do bloco, em 2007. O Brasil permanece exportando carne bovina industrializada para a Europa, que representou 100 mil toneladas, no ano passado.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA